Cigarro, apague essa ideia!

Cerca de 1 bilhão de homens e 250 milhões de mulheres são fumantes em todo o planeta. A  Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que este numero se refere a aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina. Enquanto países mais desenvolvidos se empenham em campanhas contra o tabagismo, os países menos desenvolvidos o apoiam. Mas se o cigarro é tão nocivo à saúde, porque tantas pessoas em todo o mundo fumam?

Não se sabe ao certo quando e onde surgiu, sabe-se que povos antigos usavam tabaco, assim como plantas psicoativas, em rituais religiosos. Mas a origem do uso recreativo se perdeu na história. Foi no século XX que o cigarro se espalhou pelo mundo, ganhando adeptos por toda parte. Em meados dos anos 60/70, o ato de fumar era visto inclusive como charme pela sociedade ocidental, e o cigarro ganhou espaço principalmente nos bares e casas noturnas da época.

São diversos os fatores que levam uma pessoa a experimentar o cigarro. Na maioria das vezes, a curiosidade, já que o cigarro é tão presente em nossa cultura. Depois de se tornarem dependentes da nicotina, muitos sentem vontade de abandonar o vício, mas nem sempre conseguem com sucesso, é onde começa o drama de muitos fumantes, que passam a vida abandonando e retomando o vício. Talvez a maior dificuldade dos que tendem a largar o hábito seja a ligação direta deste com a rotina do usuário. O cigarro, diferente de outras drogas, é usado em qualquer lugar, não é necessário esconder da família, dos amigos, das pessoas na rua e nem da polícia. Também diferente das outras drogas, é usado várias vezes ao dia, o fumante acende um cigarro quando acorda, e depois de vários cigarros ao longo do dia, termina acendendo outro antes de dormir. O cigarro se torna o melhor “amigo” daquele que fuma, agindo no sistema nervoso, é um estimulante e causa sensação de relaxamento, o fumante então passa a criar hábitos, como fumar após a refeição, após o ato sexual, para acompanhar o café, a cerveja… e principalmente nos momentos de estresse, tristeza, euforia e alegria. Estes fatores fazem com que muitos fumantes não sintam vontade de largar o cigarro, embora sejam conscientes de seus danos.

Mas o vício tem um preço, todos os anos morrem cerca de 5 milhões de pessoas no mundo vítimas do tabagismo. Muitos só conseguem abandonar o vício após sofrerem algum dano a saúde, onde quase perdem a vida ou desenvolvem alguma doença como o câncer. O cigarro é, atualmente, o maior problema de saúde pública mundial. Mata mais que a Aids, a Malária e a Varíola juntas. As autoridades tem o poder de reduzir estes dados com campanhas educativas e leis mais severas aos produtores de cigarro, como aumento de impostos e proibição de propaganda. O Brasil é referência nesta luta, entre 2006 e 2010, o número de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. Mas em alguns países como a Índia, o governo permite que as empresas divulguem seus produtos e incentivem o tabagismo.

Para os fumantes, vale sempre a conscientização, não é preciso esperar um susto para abandonar o cigarro, pois as vezes este susto pode custar a vida, e ser tarde demais. Para os que não fumam, vale lembrar que mais de 94% de toda a população mundial esta  exposta ao fumo, são os fumantes passivos. Nós temos o dever, como cidadãos, de alertar aos demais e fazer parte desta luta contra a maior epidemia dos nossos tempos. Cigarro: Apague essa ideia!

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